Após youtuber ‘Monark’ revelar perplexidade com situação de local em que presos por atos antidemocráticos estão abrigados, criminalista faz convite: “venha comigo que te levo em Bangu”

Criminalista Thiago Minagé convidou o youtuber para uma visita no 'Complexo de Gericinó', mais conhecido como 'Bangu'
Foto: reprodução.

O youtuber Bruno Aiub, mais conhecido pelo vulgo ‘Monark’, causou polêmica nesta terça-feira (10) ao revelar perplexidade com a condição em que detidos por atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes estão em Brasília.

Se você me falasse que em 2023 o governo ia prender idosos e crianças em um galpão fechado no calor com pouca agua e comida, ao ponto de alguns deles terem que ir para o hospital, eu não acreditaria, publicou em seu perfil do Twitter.

Prontamente, diversos usuários da rede social se revoltaram e passaram a questionar a afirmação do youtuber, já que a situação da Academia de Polícia Federal em Brasília, local onde se encontram os detidos, é significativamente melhor do que a maioria absoluta dos presídios e centros de encarceramento do Brasil.

Mas dentre os milhares de comentários, chamou a atenção o publicado pelo advogado criminalista e professor de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Thiago Minagé, que convidou ‘Monark’ para conhecer de fato a realidade do sistema prisional brasileiro.

Também no Twitter, o criminalista fez um convite. Vem comigo que te levo no Complexo de Gericinó. Vulgo Bangu. Conhece? Lá vc verá coisas inacreditáveis que essas mencionadas serão tranquilas. Ou vc vive no mundo de bambuluá?, publicou.

É importante pontuar que o tema “crianças e cárcere”, apesar de atrair pouquíssima atenção da mídia tradicional e de influencers com milhões de seguidores, faz parte da realidade do Brasil há muito tempo. Tal cenário, inclusive, levou o Supremo Tribunal Federal a julgar o paradigmático Habeas Corpus 143.641/SP.

O estado do espaço que abriga os integrantes dos atos do último domingo (08), ainda, em muito se difere da situação dos presídios brasileiros. Segundo registros, é possível observar no alojamento da Polícia pessoas conversando, fazendo lives, sentadas embaixo de árvores, sentadas em cadeiras de praia e fazendo 3 refeições ao dia.

A própria Ordem dos Advogados do Brasil, após diligências, atestou as condições normais do local.

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