Ministério Público conclui que PM que arrastou jovem negro algemado não cometeu abuso de autoridade. IPM foi arquivado

Decisão do TJM é de maio de 2022, mas só foi divulgada agora. À época dos fatos, a PM repudiou o ato do policial
Reprodução

A Justiça Militar de São Paulo acatou o pedido do Ministério Público e arquivou o caso de um policial flagrado puxando um homem acorrentado em uma moto. Em novembro de 2021, um jovem negro foi algemado e arrastado por cerca de 300 metros em uma moto da Polícia Militar pelo cabo Jocélio Almeida de Souza, da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam). As imagens do ocorrido viralizaram nas redes sociais e chocaram o país.

Após investigação, Jocélio se livrou das acusações de abuso de autoridade e constrangimento ilegal. A decisão foi tomada em maio de 2022, mas só foi divulgada agora

Jhonny havia sido preso em flagrante por desobedecer uma ordem da PM e não parar sua moto numa blitz policial. Ele acabou batendo seu veículo em uma ambulância e fugindo.

A Corregedoria da Polícia Militar abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar Jocélio por abuso de autoridade e constrangimento ilegal contra Jhonny, que chegou a ser afastado preventivamente durante a investigação.

Embora a própria corporação tenha criticado a abordagem de Jocélio, o MP e a Corregedoria da PM concluíram que ele não cometeu crimes militares. Dessa forma, sugeriram o arquivamento do IPM, decisão que foi acatada pelo TJM.

Leia também

plugins premium WordPress