Dois policiais militares envolvidos na “Operação Escudo”, realizada na Baixada Santista em 2023, serão julgados pelo tribunal do júri de São Paulo. A operação, marcada por denúncias de violência e abusos de poder, resultou na morte de 28 pessoas.
Para o Ministério Público, os policiais agiram com excesso durante as ações.
Os dois são defendidos pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que vem arguindo a tese de legítima defesa.
A Operação Escudo foi uma ação policial deflagrada em 28 de julho de 2023 na Baixada Santista (São Paulo) em resposta à morte do soldado da Polícia Militar Patrick Bastos Reis, que foi baleado durante uma patrulha no Guarujá. A operação teve duração de 40 dias e foi investigada na prisão de 958 pessoas e na morte de 28 suspeitos em confrontos com a polícia.
A operação foi discutida por um aumento significativo na presença policial na região e gerou controvérsias devido ao número elevado de mortes, levando a críticas de organizações de direitos humanos que consideraram as mortes como “efeitos colaterais” de uma política de segurança prejudicial.
A Ouvidoria das Polícias de São Paulo chegou a expressar preocupação com a letalidade das operações, considerando as mortes como parte de uma “tragédia humanitária”.