Toron após Supremo anunciar que réus do 8 de janeiro serão julgados pelo plenário virtual: “é o fim do direito de defesa, da voz do advogado na Corte”

Alberto Toron pontuou que a decisão do STF é um verdadeiro acinte à democracia

O advogado criminalista Alberto Toron cobrou uma posição do Conselho Federal da OAB após a notícia de que os demais réus pelos atos antidemocráticos do dia 8/1 serão julgados pelo plenário virtual do Supremo.

  • “É o fim do direito de defesa, da voz do advogado na Corte. Todos, cidadãos inclusive, seremos penalizados pelo mau proceder de uns pouco advogados. A OAB tem que erguer sua voz e protestar”, afirmou na nota.

  • “É um verdadeiro acinte à causa da democracia e do processo civilizatório que um caso da dimensão e do significado do 8 de janeiro não seja julgado publicamente pelo STF, como foi o do mensalão”, arrematou o criminalista.

O CONTEXTO: nesta terça (19), a ministra Rosa Weber acatou um pedido do ministro Alexandre de Moraes para retirar do Plenário físico os julgamentos dos próximos acusados.

  • O plenário virtual já é problemático para os ‘processos comuns’, mas no caso dos réus pelos atos do dia 8/1 a situação é ainda pior.

  • Isso porque não há debate no plenário virtual, já que os ministros se limitam a publicar votos escritos.

  • A defesa também é limitada, já que as sustentações orais dos advogados só podem ser feitas em formato de vídeo gravado.

  • Como o julgamento no caso dos atos antidemocráticos é realizado em instância única (posto que não há tribunal jurisdicional competente para revisar as decisões do Supremo), o problema do plenário virtual se agrava, já que os casos se transformam em verdadeiros “tudo ou nada”.

A OAB enviou um documento ao Supremo contestando a decisão.

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